segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

O ontem repetido vezes sem conta

Olá Doutor,

Sim, mais de meio ano volvido e aqui estou eu de volta ao divã virtual...

As mãos pediram o regresso do teclado só para fazerem a vontade à mente que, por sua vez, pedia o regresso às palavras escritas no vazio e encontradas por acaso num qualquer caminho.

Doutor, sinto que a palavra do dia é mesmo "caminho".

Existem caminhos certos?

Um caminho pressupõe caminhada e é então que surge uma nova dúvida: Onde se cruzam os caminhos do nómada e do sedentário?

Quando o nómada pensa encontrar a sua estabilidade acaba sempre por perceber que nunca poderá ser sedentário nem se limitará a aceitar o que lhe é dado (muitas vezes de bandeja).

Aliás, julgo que a palavra "nómada" faz parte das minhas reflexões da última década ("última década", só a expressão já me faz rugas).

Como é possível que se mantenha tão actual esta certeza de que uma vida sedentária me cansa mais do que uma caminhada contínua. Antes uma vida com batalhas dispersas e não pequenas guerrinhas no mesmo campo.


Falo apenas de uma vida em que seja possível ver o lado positivo das coisas e vive-lo sem grandes tretas, sem acessórios ou acabamentos de luxo. Viver com um sorriso nos lábios e uma força interior que atenua a vontade de desistir e partir para outras paragens.